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16 novembro 2011

Brasil e a Europa vivem momentos opostos

Setor automotivo do velho continente está em baixa, enquanto por aqui sobram fábricas e bilhões em investimentos
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Carsale - A atual situação econômica dos países da Europa caminha para uma crise pior que a de 2008. Algo que vem refletindo em todos os setores, inclusive no setor automotivo. Os números mostram que a declaração dada pela chanceler da Alemanha nesta segunda-feira (14), possui fundamento. De acordo com Angela Merkel,  “a crise da dívida na zona do euro no continente é a mais dura desde a Segunda Guerra Mundial”. Sendo assim, neste cenário uma baixa no consumo é algo natural e que interfere diretamente no resultado das montadoras que atuam no continente. Para se ter uma ideia, o único país das potências europeias que mantém bons números de vendas de veículos na Europa é a Alemanha. O mercado comandado por Merkel, segundo dados da consultoria Jato Dynamics, registrou de janeiro a setembro alta de 11,3% nas vendas de carros, em comparação com o mesmo período do ano passado. Já a Itália, por exemplo, registrou redução de 10,8%, o Reino Unido queda de 2,9% e a França, crescimento de apenas 0,5%, no mesmo período. Apenas para fazer um paralelo e demonstrar a diferença de realidade, o mercado automotivo brasileiro, que traz uma das economias mais aquecidas do mundo, nos primeiros nove meses do ano registrou alta de 6,7%, em comparação com o ano passado. Já a Rússia registrou alta de 44,7%, a Índia alta de 9,2% e a China crescimento de 7,2% (os três países, assim como o Brasil, pertencem ao grupo conhecido como Brics). Tudo isso leva a alguns sintomas que já são sentidos por aqui. O primeiro é uma mudança na estratégia por parte das montadoras. Com problemas lá fora e um forte aquecimento da economia nacional, as empresas tomam medidas agressivas para conter a balança. O objetivo é único: aproveitar o bom momento dos países emergentes e tentar equilibrar as contas, já que, nos mercados mais tradicionais, as coisas não andam tão boas. Um forte exemplo é a quantidade de novas marcas e de novas fábricas que estão programadas para chegar por aqui nos próximos anos (leia mais), além da chegada de novos produtos com mais apelos e oferta de equipamentos. Outro sintoma parte do governo: ciente de que o Brasil possui capacidade de passar mais uma vez ileso por uma possível crise mundial,  mas com receio de que tudo possa acabar mudando de direção, os comandantes da economia nacional já estão arregaçando as mangas. Semana passada, o Ministro da Fazenda Guido Mantega divulgou que até o final do ano anunciará um pacote para o incentivo ao consumo, diminuindo os empecilhos para a aquisição de crédito e de financiamento a longo prazo. Além disso, nessa segunda-feira, o Banco Central apresentou um relatório que indica uma queda de 0,5 a 1 ponto percentual na taxa Selic (taxa básica de juros) para o ano que vem. Mais uma ferramenta que aumentaria o consumo e aqueceria ainda mais a economia nacional, inclusive para a compra de novos veículos.
Fonte: Carsale

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