HYUNDAI HB20X CHEGA A PARTIR DE R$ 48.755
Marca lança primeiro derivado do HB20 de olho no público aventureiro, mas cobra alto pelo estilo
Como refrear a vontade quando se está diante de um objetivo tão
cobiçado? Esse deve ter sido o dilema da Hyundai com o HB20X. O hatch
nacional foi lançado há poucos meses e, até agora, ainda gera filas de
espera nas concessionárias. Em vez de capitalizar durante um tempo em
cima de um único produto, a marca se apressou para lançar o aventureiro
que começa a ser vendido no próximo dia 20 de fevereiro. Toda essa
ansiedade foi explicada na própria apresentação. Na hora em que foram
exibidos os dois principais concorrentes, o Crossfox e Sandero Stepway,
foi indicada a diferença de preços entre os modelos e suas versões de
entrada, que chegava a R$ 21 mil no Volks e R$ 22 mil no Renault. Uma
proporção que a Hyundai seguiu no HB20X, que parte de R$ 48.755 na
versão Style (R$ 51.955 com câmbio automático) e chega aos R$ 51.255 no
Premium manual (R$ 54.455 o automático).
Se fizermos uma comparação direta entre os compactos convencionais e seus pares aventureiros, levando em consideração parâmetros como nível de acabamento, equipamentos e motorização, a diferença cairá um bocado. Ainda assim, não há nicho mais rentável no ramo dos compactos. Como reza a cartilha do subsegmento, o X vem apenas com motor 1.6 16V flex de 128/122 cv a 6 mil giros e 16,5/16 kgfm de torque a 4.250 rotações e opção de câmbio automático de quatro marchas.
O HB20X se assumiu como urbano no próprio departamento de marketing. A despeito da suspensão com molas mais extensas para dar quatro centímetros a mais de altura de rodagem, o compacto não calça pneus de uso-misto. “Não há necessidade, afinal, o uso será urbano mesmo e não off-road. O que as pessoas buscam é a posição de dirigir mais elevada e a capacidade de passar por buracos de maneira mais suave. Ninguém vai querer competir com Mitsubishi no fora-de-estrada com esse carro”, garante Rodolfo Stopa, gerente de produto da Hyundai Brasil.
Para preencher melhor as caixas de rodas e também garantir um visual mais descolado, o HB20X investe em rodas aro 15 com pneus 195/65, enquanto o HB20 Premium se vale de um conjunto 185/60. Batizado como X-Wing, o jogo de rodas faz uma referência ao mundo pop de Guerra nas estrelas. É que o público do HB20X é mais jovem, em torno de 40 anos. Não que o do HB20 seja mais velho, o fato é que o compacto convencional tem um universo de consumidores menos restrito e vai de universitários na faixa de 20 anos a aposentados, de acordo com a marca.
As rodas fazem parte de um pacote visual que inclui molduras plásticas que contornam toda a borda inferior da carroceria, no que segue o cardápio de alterações visuais pregado por outros off-roads de butique. O estilo ainda inclui grade diferente com treliça em colméia e rack no teto. Depois de encalhar no hatch normal, a cor marrom perolizada passou a ser exclusiva do HB20X. Há ainda três cores sólidas (preto, branco e vermelho), duas metálicas (prata e cinza) e outra perolizada (azul).
Avaliação
Todo esse estilo foi colocado à prova na viagem de lançamento entre Guarulhos e Campos do Jordão. Foram mais de 300 quilômetros que incluíram trechos de rodovia, estrada de serra e, até mesmo, uma pequena incursão no fora-de-estrada. O tempo ruim no dia do teste colaborou para aumentar as expectativas em relação a esse passeio na terra. Na estrada, o HB20X continuou sendo um carro bem isolado. O habitáculo guarda uma tranqüilidade incomum em compactos. Ao contrário do que poderia se esperar, não há também grande ruído aerodinâmico mesmo em velocidades elevadas.
Mesmo com 1.072 kg na balança, 72 kg a mais que o HB20, o hatch manteve a boa disposição. Após os 2 mil giros, o motor 1.6 16V responde com vigor e se mantém nessa faixa com facilidade graças ao macio câmbio manual de cinco marchas. O câmbio automático de quatro marchas está bem escalonado e tem operação suave, porém fica devendo recursos como trocas sequenciais. Claro que o conjunto de rodas e pneus mais gorduchos acaba tolhindo um pouco do desempenho. Ainda assim, o conjunto de pisantes novos e a suspensão mais alta se denunciam mesmo na região serrana.
Na hora de encarar a subida, o HB20X aderna mais. As inclinações laterais nas curvas e longitudinais em frenagens foram mais sentidas. Essas sensações são mais pronunciadas pela posição de dirigir estilo banqueta de balcão de bar, lá em cima e com ajuste de altura que se limita ao assento. Claro que isso não chega a gerar insegurança. O troco viria na estrada de terra em Campos de Jordão.
Ainda no asfalto, nota-se que a suspensão absorve bem os buracos e
imperfeições do piso. A coisa muda um pouco de figura na hora em que os
obstáculos são maiores, como lombadas fora do padrão. Nessa hora, a
suspensão retorna com um ruído alto. O HB20 tem suspensão um pouco
ruidosa e isso não mudou no aventureiro. Mesmo assim, o salto alto foi
útil na terra e o HB20X aproveitou-se da altura de rodagem de 20
centímetros para não lamber o chão.
O HB20X incorporou algumas mudanças feitas pela Hyundai na linha 2013. A começar pelos dois novos sistemas de som, ambos com viva-voz Bluetooth de série. O primeiro, mais simples, não tem leitor de CD (como o modelo avaliado), porém tem entradas USB e auxiliar integradas no aparelho. O segundo tem CD, tela maior e manteve as entradas cobertas por uma tampa no console. Em comodidade, ponto para os vidros elétricos, que ganharam função um toque para subida e descida e podem ser abertos ou fechados pelo comando da chave do tipo canivete. A iluminação de todas as teclas agora é azul, deixando de fora apenas a regulagem dos retrovisores elétricos feita pelo tradicional comando à esquerda da coluna de direção.
No geral, o conjunto do HB20X é bem acertado. A direção se divide bem na hora de apresentar maciez em baixa e firmeza em velocidade. A ergonomia é positiva, com comandos à mão e volante ajustável em altura e profundidade e o acabamento interno é acima da média do segmento. São argumentos que até fazem a pretensão da Hyundai parecer subestimada. A marca espera vender 10 mil aventureiros por ano, menos de 10% do total.
Fonte: Autoesporte
Se fizermos uma comparação direta entre os compactos convencionais e seus pares aventureiros, levando em consideração parâmetros como nível de acabamento, equipamentos e motorização, a diferença cairá um bocado. Ainda assim, não há nicho mais rentável no ramo dos compactos. Como reza a cartilha do subsegmento, o X vem apenas com motor 1.6 16V flex de 128/122 cv a 6 mil giros e 16,5/16 kgfm de torque a 4.250 rotações e opção de câmbio automático de quatro marchas.
O HB20X se assumiu como urbano no próprio departamento de marketing. A despeito da suspensão com molas mais extensas para dar quatro centímetros a mais de altura de rodagem, o compacto não calça pneus de uso-misto. “Não há necessidade, afinal, o uso será urbano mesmo e não off-road. O que as pessoas buscam é a posição de dirigir mais elevada e a capacidade de passar por buracos de maneira mais suave. Ninguém vai querer competir com Mitsubishi no fora-de-estrada com esse carro”, garante Rodolfo Stopa, gerente de produto da Hyundai Brasil.
Para preencher melhor as caixas de rodas e também garantir um visual mais descolado, o HB20X investe em rodas aro 15 com pneus 195/65, enquanto o HB20 Premium se vale de um conjunto 185/60. Batizado como X-Wing, o jogo de rodas faz uma referência ao mundo pop de Guerra nas estrelas. É que o público do HB20X é mais jovem, em torno de 40 anos. Não que o do HB20 seja mais velho, o fato é que o compacto convencional tem um universo de consumidores menos restrito e vai de universitários na faixa de 20 anos a aposentados, de acordo com a marca.
As rodas fazem parte de um pacote visual que inclui molduras plásticas que contornam toda a borda inferior da carroceria, no que segue o cardápio de alterações visuais pregado por outros off-roads de butique. O estilo ainda inclui grade diferente com treliça em colméia e rack no teto. Depois de encalhar no hatch normal, a cor marrom perolizada passou a ser exclusiva do HB20X. Há ainda três cores sólidas (preto, branco e vermelho), duas metálicas (prata e cinza) e outra perolizada (azul).
Avaliação
Todo esse estilo foi colocado à prova na viagem de lançamento entre Guarulhos e Campos do Jordão. Foram mais de 300 quilômetros que incluíram trechos de rodovia, estrada de serra e, até mesmo, uma pequena incursão no fora-de-estrada. O tempo ruim no dia do teste colaborou para aumentar as expectativas em relação a esse passeio na terra. Na estrada, o HB20X continuou sendo um carro bem isolado. O habitáculo guarda uma tranqüilidade incomum em compactos. Ao contrário do que poderia se esperar, não há também grande ruído aerodinâmico mesmo em velocidades elevadas.
Mesmo com 1.072 kg na balança, 72 kg a mais que o HB20, o hatch manteve a boa disposição. Após os 2 mil giros, o motor 1.6 16V responde com vigor e se mantém nessa faixa com facilidade graças ao macio câmbio manual de cinco marchas. O câmbio automático de quatro marchas está bem escalonado e tem operação suave, porém fica devendo recursos como trocas sequenciais. Claro que o conjunto de rodas e pneus mais gorduchos acaba tolhindo um pouco do desempenho. Ainda assim, o conjunto de pisantes novos e a suspensão mais alta se denunciam mesmo na região serrana.
Na hora de encarar a subida, o HB20X aderna mais. As inclinações laterais nas curvas e longitudinais em frenagens foram mais sentidas. Essas sensações são mais pronunciadas pela posição de dirigir estilo banqueta de balcão de bar, lá em cima e com ajuste de altura que se limita ao assento. Claro que isso não chega a gerar insegurança. O troco viria na estrada de terra em Campos de Jordão.
O HB20X incorporou algumas mudanças feitas pela Hyundai na linha 2013. A começar pelos dois novos sistemas de som, ambos com viva-voz Bluetooth de série. O primeiro, mais simples, não tem leitor de CD (como o modelo avaliado), porém tem entradas USB e auxiliar integradas no aparelho. O segundo tem CD, tela maior e manteve as entradas cobertas por uma tampa no console. Em comodidade, ponto para os vidros elétricos, que ganharam função um toque para subida e descida e podem ser abertos ou fechados pelo comando da chave do tipo canivete. A iluminação de todas as teclas agora é azul, deixando de fora apenas a regulagem dos retrovisores elétricos feita pelo tradicional comando à esquerda da coluna de direção.
No geral, o conjunto do HB20X é bem acertado. A direção se divide bem na hora de apresentar maciez em baixa e firmeza em velocidade. A ergonomia é positiva, com comandos à mão e volante ajustável em altura e profundidade e o acabamento interno é acima da média do segmento. São argumentos que até fazem a pretensão da Hyundai parecer subestimada. A marca espera vender 10 mil aventureiros por ano, menos de 10% do total.
Fonte: Autoesporte
Nenhum comentário:
Postar um comentário