Marca também revela o nome e as primeiras imagens do hatch que vem brigar com o Gol
Daniel Messeder
Ainda sob pesados disfarces, Hyundai HB20 foi acelerado na pista
Falta pouco para um dos lançamentos mais importantes do ano chegar às lojas: de acordo com a
Hyundai, o
HB20
começa a ser produzido em Piracicaba (SP) no dia 20 de setembro e
estará na rede 20 dias depois. Projetado para o Brasil com a mira
apontada para o
VW Gol,
o hatch estreia em três versões: 1.0, 1.6 e 1.6 automática, com preços
estimados a partir de R$ 28 mil, R$ 32 mil e R$ 39 mil, respectivamente.
Quando estiver a pleno vapor, em 2013, a fábrica do interior paulista
deverá produzir 150 mil carros/ano, contando aí também as variações sedã
e crossover que chegam ao mercado ano que vem.
Para seu novo hatch de entrada, marca aposta em visual arrojado que faz sucesso nos modelos mais caros
O plano de lançamento prevê um canal de vendas específico para o
HB20,
que deve incluir uma rede própria para distribuir o modelo, mas a marca
não revela os detalhes da operação. A garantia será de cinco anos, como
nos demais modelos da Hyundai. O pacote de conteúdos também está
definido. "Será uma gama simples, mas abrangente", diz o gerente de
produto Rodolfo Stopa. Airbags frontais serão itens de série desde a
versão mais básica, com o ABS opcional. As unidades avaliadas por
Autoesporte
(inclusive a 1.0) estavam repletas de equipamentos: tinham travas,
retrovisores e vidros elétricos, CD player com entrada para iPod e
comandos no volante, direção hidráulica, ar-condicionado, faróis com
acendimento automático, sensor de estacionamento e rodas de liga. Mas na
visita à linha de montagem foi possível observar carros mais simples,
com calotas.
Uma das poucas fotos com partes do carro divulgadas pela Hyundai revelam o selo com o nome
Como aconteceu da
primeira vez que dirigimos o modelo, ainda na Coreia,
os carros do test-drive estavam camuflados. Mas dessa vez a marca
divulgou quatro imagens do carro final, com destaque para o formato da
grade, os faróis e a lanterna traseira com o logotipo “
HB20” logo abaixo. O nome foi uma mistura da nomenclatura do projeto (
HB) com a numeração usada pela marca para os carros compactos, como o
i20 vendido na Europa.
As medidas exatas da carroceria ainda são mantidas sob sigilo, mas o porte é muito semelhante ao do
Gol.
E o espaço interno é parelho ao do VW, tanto na cabine quanto no
porta-malas. O acabamento, entretanto, está um nível acima do que se
encontra nesta categoria: plásticos que aparentam qualidade, portas
forradas com boa dose de tecido, encaixes justos, montagem caprichada. O
belo painel lembra bastante o do
Elantra, com destaque
para o quadro de instrumentos de iluminação azulada e o sistema de som
em posição elevada (a entrada para iPod fica num compartimento com tampa
à frente da alavanca de câmbio). O volante de quatro raios ajusta em
altura e profundidade, e pode ter os comandos do som. Já as teclas dos
vidros elétricos (na porta) carecem de iluminação, e apenas a do
motorista tem comando “um toque”.
Porte do HB20 é similar ao do Gol, mas medidas exatas ainda não foram divulgadas
Em movimento, a melhor notícia fica para a esperteza da versão 1.6 16V com duplo comando variável, que usa o mesmo motor do
Kia Soul Flex,
de 128 cv e 16,5 kgfm com etanol. Embora a Hyundai não confirme esses
dados, o desempenho exibido na pista nos leva a crer que a potência fica
muito próxima à do Soul. Não há dúvida de que o
HB20 arranca na frente de
Gol 1.6
(104 cv) e Palio 1.6 16V (117 cv), ajudado pelo câmbio de engates
curtos e precisos. Em altas rotações, há até uma certa esportividade na
tocada.
Imagem de detalhe revela lanternas dianteiras longas e angulosas
Com
câmbio automático, os ânimos do valente motor 1.6 resfriam um pouco.
Por conta de custos, a Hyundai usou a antiga transmissão de quatro
marchas que equipava
Soul e
Cerato (modelos
que ganharam uma caixa de seis velocidades), sem opção de mudanças
manuais. Ainda assim, o desempenho é razoável e as trocas são bastante
suaves, devendo agradar a quem prioriza o conforto.
Já o 1.0 inova pelo motor de três cilindros e 12V, emprestado do primo
Picanto
Flex. No modelo da Kia, ele rende 80 cv e 10,2 kgfm de torque com
etanol, valores que deverão ser mantidos pela Hyundai. Além das
respostas agradáveis (melhor que
Gol e
Palio “mil”), essa versão do
HB20 deverá
se destacar em consumo. Uma curiosidade é o ruído bem característico do
motor tricilíndrico, embora as vibrações desse tipo de bloco tenham
sido bem contidas pela engenharia da Hyundai.
Acerto de suspensão também é próxima do rival Gol, com a maciez do Palio
O que também deu trabalho aos engenheiros foi o acerto de suspensão. No começo, ela foi calibrada entre a maciez do
Palio e a firmeza do
Gol,
mas depois ficou mais próxima à do VW. O resultado é um carro mais
macio que os demais Hyundais, para absorver a buraqueira do piso
brasileiro. Isso, porém, sem sacrificar a estabilidade. A rolagem da
carroceria é contida, e o hatch se mostra fácil de controlar no limite. A
direção hidráulica é leve nas manobras e não compromete em altas
velocidades. Apenas os freios é que poderiam ser menos sensíveis.
Diante do que vimos em Piracicaba,
Gol e
Palio vão
ganhar em breve um concorrente de peso. Se a Hyundai acertar no preço e
nos pacotes de equipamentos, o sucesso da operação brasileira parece
questão de tempo.
![Hyundai](https://lh3.googleusercontent.com/blogger_img_proxy/AEn0k_vAu_E7pKyhck9XBtuRxwvOBRQSAW2etFoIpGMxsunYmwlhldKUTkvYNRyRCQu84fX9THwuWeHMmC8XQy9OXnetCEU-R6nthw07QfKz0k5S41udSPLEMIKEFazRXsNCd8EP28-5JUZdglRCM1mRJfVSXkw=s0-d)
Fonte: Autoesporte
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