Daimler, nascido na Alemanha, em 1834, trabalhara com Otto, de quem se separou, em 1872, para abrir a sua própria oficina, perto de Stuttgart, onde passou a contar com a colaboração de Wilhelm Maybach, outro técnico formado também nas oficinas de Otto.
Os motores Daimler iam sendo constantemente aperfeiçoados. De 1 cilindro só, passaram a ter 2 cilindros em V, alimentados por um carburador de concepção revolucionária, desenhado por Maybach. É surpreendente que um técnico tão ousado como Daimler fosse partidário do rudimentar sistema de ignição em que o combustível era inflamado por meio de um pequeno tubo de platina introduzido na parte superior do cilindro e mantido em brasa graças a um acedendor colocado em sua outra extremidade. Benz, técnico muito menos empreendedor, sempre recorreu a sistemas elétricos de ignição. Benz, compatriota de Daimler e dez anos mais novo que este, ambicionava construir um carro autopropulsionado. Criou um motor a 4 tempos que, em 1885, instalou na parte de trás de um triciclo , Tratava-se de um motor mais pesado do que o de Daimler e que trabalhava a menos de metade da velocidade de funcionamento deste último motor. Contudo, duas das suas características ainda subsistem: a válvula curta de haste e prato e o sistema de arrefecimento por água. A água, porém, não circulava, ficando armazenada num depósito que tinha de ser alimentado para manter-se cheio, compensando assim as perdas por evaporação.
Enquanto trabalhava para Otto, Daimler travou amizade com o advogado Edouard Sarazin, que adquiriu notoriedade ao tomar conhecimento das reivindicações de inventores rivais, motivadas pelas constantes inovações surgidas na época. Foi Sarazin quem deu a conhecer o motor Daimler aos franceses Émile Levassor e René Panhard.
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