Inovações revolucionárias de Levassor
A contribuição de Levassor para a evolução do carro foi decisiva. Ele substituiu a transmissão por correias de embreagem e caixa de mudanças, estabeleceu o sistema motor dianteiro-tração nas rodas traseiras e foi o primeiro a conceber um carro como uma máquina única, e não apenas como um triciclo motorizado ou uma carruagem sem cavalos. Este critério levou-o a criar carros de qualidade e de técnica avançada.
A utilização do radiador tubular, que consistia num conjunto de tubos com aletas de refrigeração colocados na frente do motor, deve-se também a Levassor.
Na época da morte de Levassor, em 1897, o carro já adquirira sua própria identidade. Os cilindros do motor passaram então a ser dispostos em linha, e não em V, solução primeiramente adotada. A partir desse momento, tornava-se mais fácil para o construtor dar maior potência a um motor, bastando acrescentar a este mais cilindros. Em 1902, a Gasmobile, na América, a Boulet, na França, e a Spyker, na Holanda, haviam já experimentado utilizar 6 cilindros e, no ano seguinte, a British Napier iniciou a produção de um motor com 6 cilindros em linha.
O carro, embora tivesse surgido na Alemanha e sido aperfeiçoado na França, já era fabricado nos Estados Unidos e na Inglaterra antes da passagem do século. O primeiro automóvel americano, o Duryea, começou a circular em 1893.
A contribuição inglesa
Apenas um técnico inglês, Frederick Lanchester, não permitiu que o seu talento fosse sufocado pela legislação ou pelo fato de no continente existirem modelos mais avançados. O seu carro mais famoso, o modelo de 2 cilindros, de 1897, apresentava uma caixa de mudanças de engrenagens planetárias, transmissão por eixo e cardan, em vez de transmissão por corrente, eixo traseiro primário acionado por um sem-fim e, para evitar o ruído e a vibração excessivos, um motor totalmente equilibrado, com duas árvores girando em sentidos opostos.
Continua ....
Nenhum comentário:
Postar um comentário