Janeiro é mês de férias e também um período em que quase todos os dias cai aquela chuva de verão. Por isso, um dos cuidados a mais que os motoristas devem ter é com a aquaplanagem, que corresponde ao “deslizamento” do carro sobre uma camada de água. Isso acontece quando os pneus perdem tração por não terem capacidade de “expulsar” a água na pista por estarem desgastados. O risco de acontecer esse problema aumenta conforme a velocidade do carro ao atingir a lâmina de água. A aquaplanagem pode alterar a trajetória do veículo e até causar um acidente.
Por isso, a atenção com os pneus deve ser redobrada. Nada de transitar com os pneus carecas. José Carlos Quadrelli, gerente geral de engenharia de vendas da Bridgestone do Brasil, explica que os sulcos dos pneus são responsáveis pela drenagem da água do asfalto. “No caso de chuva, a pouca ou nenhuma profundidade dos sulcos compromete o escoamento da água que fica entre o pneu e o piso, o que aumenta significativamente o risco de aquaplanagem e a perda do controle da direção”, explica ele.
Para garantir a segurança e aderência dos pneus no asfalto, o ideal é que a profundidade mínima dos sulcos não ultrapasse a indicação TWI (Tread Wear Indicators), que são “ressaltos” da borracha vistos dentro dos sulcos. “Abaixo de 1,6 mm de profundidade, em qualquer parte dos sulcos, o pneu passa a ser considerado careca e, além de perigoso, também pode ser alvo de multas”, salienta Quadrelli.
Como forma de tentar prolongar a vida útil do pneu, alguns motoristas adotam um recurso que não é recomendável. “Muitas vezes, quando os pneus atingem o TWI, alguns borracheiros aplicam a prática de ‘riscar´ ou ‘frisar’ o pneu, também conhecida como ressulcagem. Consiste em redesenhar a banda de rodagem com lâminas quentes. Essa prática é condenada pelos fabricantes de pneus, já que o pneu perde sua resistência, podendo estourar em pleno movimento, comprometando sua aderência com o solo.
Outra regra básicas para o motorista conduzir com segurança sob chuva é manter os pneus com a pressão indicada pelo fabricante do veículo, ter os quatro pneus com a mesma medida e desenho – que garante capacidade de drenagem por igual, fazer o rodízio a cada 8 mil quilômetros (quando não houver recomendação diferente do fabricante do veículo) e procurar trocar os quatro pneus juntos.
Além dos cuidados com a conservação dos pneus, os especialistas em segurança no trânsito recomendam que, nos dias chuvosos, não se trafegue em velocidade acima de 80 quilômetros por hora. Afinal de contas, nem todas as estradas brasileiras possuem sistemas de escoamento, drenagem e captação de águas pluviais, portanto, caso você esteja dirigindo em piso molhado sempre olhe pelo retrovisor e veja se você consegue ver as marcas dos seus pneus da estrada. Caso não consiga vê-los, cuidado, pois o risco de aquaplanagem é maior.
Se com todos estes cuidados você ainda aquaplanar, a dica é: retire imediatamente o pé do acelerador, não pise bruscamente no pedal do freio. Segure firme no volante para manter as rodas retas. Quando sentir que os pneus retomaram o contato com o solo, gire levemente a direção de um lado para o outro até sentir que o veículo recuperou totalmente a aderência. Caso o seu carro possua freios ABS (que não deixa travar as rodas), aplique a força no pedal do freio, mantendo-o pressionado até o seu controle total do veículo.
Fonte:Carsale
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