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27 dezembro 2011

Fábrica da JAC Motors no Brasil pode ser adiada

Presidente da marca, Sérgio Habib, espera um novo decreto automotivo para viabilizar construção da unidade
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O presidente da JAC Motors, Sérgio Habib, não descarta a possibilidade de adiar o projeto de instalação de uma fábrica no Brasil. Apesar de todas as ações publicitárias em torno da obra, o executivo afirmou à um telejornal nacional que as regras atuais para a importação de veículos podem ser um entrave para os planos de ter uma unidade fabril no país.

“A questão é que esperávamos um novo decreto automotivo até o final do ano, algo que não aconteceu. O grande problema é que o atual texto obriga a montadora que quer instalar uma fábrica a ter os 65% de nacionalização logo no início de suas atividades. Algo que é impossível. Esse processo tem que ser gradual, com um prazo em torno de quatro anos para se adequar completamente”, afirmou o executivo.

Apesar de não se mostrar muito feliz com as últimas ações por parte do governo federal, Habib se mostrou otimista para que uma nova proposta saia do forno nos próximos meses. “Já me reuni diversas vezes com o Ministro da Indústria, Desenvolvimento e Comércio, Fernando Pimentel. Acredito que em breve teremos novidades e será algo que facilitará o trabalho das empresas asiáticas que pretendem investir no país”, afirmou o chefão da JAC.



Preços e tendência natural

Sérgio Habib afirmou também que negocia com a matriz da JAC Motors, na China, para continuar oferecendo preços atraentes no Brasil. “Mesmo que o projeto da fábrica sofra um atraso, continuaremos com a importação normalmente. Estamos negociando com o nosso fornecedor para manter um preço competitivo nos primeiros meses de 2012”, disse.

O executivo também levanta uma questão polêmica. Para ele, caso não haja flexibilidade nas regras de importação de veículos no Brasil, a tendência natural é que as empresas chinesas instalem suas fábricas no México. “Os fabricantes chineses irão crescer, como os japoneses e coreanos. Não dá para parar isso. A China atualmente é a segunda economia do mundo e se tornará a primeira em poucos anos. Se não criarmos condições para a implantação de fábricas chinesas no Brasil, elas irão se instalar no México, onde a exigência de nacionalização é de 30%. E, aproveitando os acordos bilaterais, eles vão começar a vender carros do México para o Brasil”, afirmou Habib.

Fonte: Carsale

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